16 de outubro de 2010

Cap. 5/Ep. 5 - Família - Parte 1

Seven Mill Hill, Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004, 16:30

-É bastante desconfortável ficar deitado no seu carro, Phillip.

-Hildebrand? O que você está fazendo aqui?

-Vim, digamos... Verificar o movimento por aqui. Ora, seu substituto já está quase se tornando um anjo, eu queria ver essa cena.

-Ele disse que recusa se tornar um anjo.

-Por quê?

-Diz que não tem motivos para isso.

-Eu acho que EU sou motivo suficiente.

-Ok, mas me explique uma coisa: Por que eu já não te mato aqui mesmo?

-Por que você quer que ele me mate.

-É, são motivos suficientes.

-Bem, tem como parar o carro? Preciso descer aqui.

-É bom mesmo, assim controlo a raiva que eu estou sentindo agora.

-Você sempre sente quando me vê, Phillip. Bem, espero não te ver tão em breve.

-Até, Hildebrand.

O carro para, e Hildebrand desce. Phillip olha para trás e percebe que ele vai para a Rua onde fica a mansão de Katherine, mas na hora nem percebe...

-Odeio Matemática. - diz Felipe.

-Eu acho que você disse uma coisa meio óbvia, - disse Joey - até porque você não entende nada do assunto.

-Ainda bem que acabamos. - Disse Sara

-Tudo bem, eu vou pra minha casa. - Diz Felipe

-Eu também. Tchau Katherine, tchau Felipe.

-Ah, bom. Já pensei que você ia pra minha casa.

Não preciso nem dizer que, dos 3, Felipe era o mais piadista. Fazia graça com tudo. Não que os outros rissem sempre, claro.

-Ok, criança, vai pra sua casa e ele vai pra dele.

-Defendendo ele? Hmm sei não.

-Sabe sim, agora vai!

--Fui! -responde Felipe.

-O que você quis dizer com “sabe sim”?

-Você também? Vai logo!

-Tá, tchau!

Hildebrand havia entrado na casa dos Landora sem que ninguém percebesse. Levava consigo uma espada, mais ou menos igual à de Phillip quando transformado em anjo. Usava uma túnica preta, que tinha um símbolo mais ou menos igual ao do Phillip, mas o Ankh era Dourado e preto ao invés de dourado e branco, e a cruz-espada era apenas uma espada comum, porém com um Pentagrama e um Hexagrama sobrepostos na união entre lâmina e cabo. E suas asas eram negras.

-Hildebrand? Porque você veio aqui? - diz Katherine, espantada.

-Olá para você também, Kat, eu vim ver seu filho.

-Ele não está.

-Oh, mas que pena! - diz, sarcástico. - Pode me dar licença para sentar enquanto o espero?

Nisso, ele levanta a espada com uma mão e desfere um golpe no ventre de Katherine com o cabo da espada, com tamanha força que ela sai voando do sofá onde estava e vai parar na parede. Ele aponta a lâmina da espada para a face de Katherine e desfere um golpe, acertando na parede.

-Porque não me mata de uma vez?

Nisso, ele se transforma novamente em humano. A espada some como mágica

-Não seria vantajoso, eu preciso que ele confie em mim. - e vai sentar no lugar onde antes se encontrava Katherine.

-Ele não vai confiar em você!

-Veremos, cunhadinha. - diz, com tom sarcástico.

O tempo passa rápido. Em poucos minutos Joey chega em casa.

-Quem é esse, mãe?

-Não vai cumprimentar o irmão de seu pai, garoto?

-Irmão de meu pai? Tio Hildebrand, é você?

-Sim garoto, sou eu.

-Você não tinha morrido naquele acidente com meu pai?

-Não, na realidade. Venha, tem muitas coisas que você precisa saber, anjinho.

-Não vá com ele, filho!

-Bem, se você não quer que eu vá com alguém, é mais confiável ir. Vamos, então, conte-me tudo o que...

Nisso ele vê a parede rachada perto da mãe, e pergunta:

-Talvez eu vá, mas antes, me responda: Porque aquele sinal na parede? Porque eu iria com você, se nem o conheço, e ainda pensei que estava morto há dois anos? E, principalmente, que símbolo é esse no seu peito?

-Tudo há seu tempo, garoto.

Depois disso, alguém entra correndo na casa.

-Largue-o, Hildebrand.

-Olá novamente, Phillip.

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